Depois de finalizar a obra estrutural de engenharia na primeira quadra da rua Independência, o Consórcio São Leopoldo, grupo de três empresas responsáveis pela obra, começou na sexta-feira (19), a instalação dos cabos de baixa tensão de energia elétrica na rede subterrânea da via pública. O serviço será realizado inicialmente na primeira quadra. São cabos de energia de 185 mm² da rede de baixa tensão, que devem abastecer as redes domésticas e comerciais de pequeno porte.
A tensão de fornecimento doméstica e comercial de pequeno porte (127 Volts ou 220 Volts) passa por dutos enterrados sob a calçada nos dois lados da Rua Grande. Caixas de concreto enterradas irão permitir a conexão dos clientes que hoje são atendidos pela rede aérea e que vão passar a receber a energia pela infraestrutura subterrânea. “Os cabos que conectam as caixas principais permitem a distribuição da baixa tensão aos consumidores de pequenos comércios e residenciais. Na Independência, a maioria dos comércios são atendidos por rede de energia de baixa tensão. A única ressalva são os prédios de condomínios maiores que vão receber futuramente a rede de média tensão, que ainda não começou”, disse o engenheiro eletricista da Secretaria Municipal de Obras e Viação, Frederico Petry.
Petry explica que nas caixas principiais de baixa tensão foram afixados os conectores dos cabos de energia elétrica, chamado de barramento múltiplo isolado, que contém uma entrada e cinco saídas de 127 volts ou de 220 volts (um neutro ou fase). Destas caixas, os cabos chegarão aos prédios por via subterrânea e ligados as redes domiciliares e comerciais, entrando por uma espécie de cano metálico em formato de bengala, que já estão sendo instalados nos prédios na primeira quadra. O serviço de instalação não terá nenhum custo aos consumidores.
Média Tensão:
A rede de média tensão (13 mil e 800 Volts) atende edifícios e condomínios especiais que demandam mais energia. Esta rede estará enterrada em dutos posicionados do lado direito ao longo de toda extensão da Independência e conta com caixas subterrâneas para distribuição. Estes clientes já tem dutos até o poste e serão conectados no subterrâneo. Não haverá nenhum custo para o consumidor.
Iluminação pública:
De acordo com Frederico Petry, como não vão mais existir postes, a iluminação pública também precisa ser repensada. “Novos postes ornamentais de ferro galvanizado vão ser instalados em um dos lados da rua a cada 20 metros. Uma rede subterrânea exclusiva vai conduzir os cabos de energia”, diz o engenheiro eletricista.
Totens de Tomadas:
Ao longo da rua Independência, serão instalados totens com tomadas para uso especial em eventos. “O dispositivo possui proteção e bloqueio com chave. Para alimentar estes totens e iluminação pública, será necessário instalar medidores de energia e painéis de comando. Estes ficarão em postes nas ruas transversais”, explica Frederico.
Redes de Telecomunicações:
Os postes são muito utilizados para a distribuição das redes de telefonia, televisão e internet. O projeto de revitalização da Rua Grande oferece uma estrutura dimensionada para suportar a crescente demanda por este tipo de serviço. “A rede instalada tem 36 dutos e caixas de passagem em cada um dos lados da rua, oferecendo uma estrutura bastante robusta para as empresas de telecomunicações”, observa Frederico Petry.
Segurança:
Redes exclusivas da prefeitura vão possibilitar a instalação de câmeras de segurança ao longo da rua. Caixas e redes de reserva ficam em espera para possibilitar instalação de equipamentos como semáforos ou painéis nas esquinas.
Vantagens das obras com redes subterrâneas:
Apesar do investimento elevado para construção, as redes de distribuição subterrâneas apresentam muitas vantagens operacionais que se traduzem em menos desligamentos da rede de energia.
• Diminui poluição visual
• Galhos de árvores e caminhões não causam danos;
• Dificulta ligações clandestinas;
• Surtos eletromagnéticos causados por descargas elétricas (raios) não induzem nos cabos subterrâneos, eliminando os problemas de queima de equipamentos domésticos;
• Rede nova, projetada para suportar o crescimento da cidade por 50 anos e evitar problemas de variações de energia;
• Redes novas e reforçadas nas ruas adjacentes que permitem manobras da RGE em caso de problemas.
Desvantagens das obras com redes subterrâneas:
• Custos cerca de 4 vezes maior em comparação com rede aérea;
• Obras causam mais transtornos;
• Iluminação pública tem que ser independente e não goza do desconto na energia elétrica como acontece nos postes da concessionária.
[Texto e foto: Lisandro Lorenzoni | Colaborou: Frederico Petry | Scom/PMSL]