Uso de cookies

Para você navegar neste website, usaremos cookies para melhorar e personalizar sua experiência. Saiba mais em nossa política de de privacidade.

Contra as Cheias: São Leopoldo e Novo Hamburgo firmam parceria para colocar em operação as bombas anfíbias da Higra

Bombas anfíbias Higra

 

As prefeituras municipais de São Leopoldo e Novo Hamburgo firmaram uma importante parceria no dia 21 de fevereiro que visa a prevenção dos efeitos de novas enchentes. Definindo as responsabilidades de cada município, ambas irão colocar em funcionamento duas bombas anfíbias cuja tecnologia e fabricação é da empresa leopoldense Higra. Os equipamentos foram instalados emergencialmente após a enchente de maio de 2024. Porém, estavam sem funcionamento desde novembro do mesmo ano, devido ao furto dos cabos elétricos. 

 

Gilberto Finck, Heliomar Franco e Gabriel Dias
Gilberto Finck, Heliomar Franco e Gabriel Dias

 

A parceria assinada entre os prefeitos Heliomar Franco (São Leopoldo) e Gilberto Finck (Novo Hamburgo) prevê a recuperação da parte elétrica, o reposicionamento das bombas, a instalação das tubulações e a ligação à casa de bombas do bairro Santo Afonso, com um novo painel e inversor. Serão beneficiadas as vilas Palmeira, em Novo Hamburgo, e Brás, em São Leopoldo, que foram severamente atingidas pelo rompimento do dique na maior cheia registrada no Rio Grande do Sul.

Intervenção – A intervenção, que custará cerca de R$ 1,8 milhão, permitirá a reinstalação das bombas com capacidade de vazão de 3.300 litros por segundo. Esses equipamentos retiram a água acumulada nas vilas e a direcionam para o Rio dos Sinos.

São Leopoldo ficará responsável pelo pagamento da energia elétrica consumida pelas bombas. Além disso, os dois municípios também irão atuar de modo conjunto para garantir a limpeza da bacia de contenção, que frequentemente sofre com descarte irregular de lixo, causando assoreamento e dificultando a vazão da água. 

A iniciativa tende a dar fim a uma longa disputa entre os municípios sobre a responsabilidade de cuidar da casa de bombas localizada nas divisa de ambos. “Trabalhar mais, brigar menos, unir esforços e trazer resultados”, disse Heliomar Franco.

 

O diretor-geral do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo, Gabriel Dias, assinalou que o valor das obras já está previsto no contrato que foi assinado com a empresa Higra ainda em 2024. O Semae fará a parte elétrica, as tubulações e a instalação das bombas. A RGE, por sua vez, está instalando redes exclusivas para as Casas de Bombas, e, quando estiverem prontas, será colocado um medidor no trecho de São Leopoldo.

O gestor informa que a limpeza dos entulhos na bacia de contenção será realizada por meio da Operação de Controle de Alagamentos. A autarquia pretende adotar medidas para evitar a poluição no local. E para maior segurança, os equipamentos serão instalados de forma subterrânea.

 

Nas cheias, a tecnologia a serviço da população 

 

Em maio de 2024, quatro bombas anfíbias da empresa leopoldense Higra foram adquiridas pela Prefeitura de São Leopoldo, por meio do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae). Duas foram instaladas no Arroio Gauchinho, localizado no bairro Santos Dumont/Vila Brás. O investimento nas quatro unidades custou R$ 10 milhões.

As Casas de Bombas do bairro Campina e da João Corrêa, no bairro Vicentina, receberam os outros dois equipamentos, uma para cada local de maneira definitiva. Na Campina e na Vicentina, os equipamentos foram colocados internamente, se juntando aos sistemas de proteção já existentes.

O Bairro Santos Dumont/Vila Brás recebeu outra Casa de Bombas, que foi construída através dos recursos garantidos pelo Governo Federal dentro dos R$ 149 milhões destinados no PAC Steigleder.

A empresa Higra fornece bombas para todo o país. As cinco que foram adquiridas de forma emergencial foram produzidas emergencialmente para São Leopoldo.  “Foi o maior da nossa linha. Ela consegue movimentar 7,2 milhões de litros por hora, equivalente a três piscinas olímpicas — dimensionou Alexsandro Geremia, CEO da Higra.

Em maio de 2024, São Leopoldo registrou mais de 180 mil pessoas desalojadas e outras 13 mil desabrigadas, em uma população de 217 mil, segundo o censo de 2022. 

 

Redação e edição: Elizabeth Renz | Coordenadora de Conteúdo do Portal São Leopoldo Negócios & cia | Reg.Prof. 8228/95  | imprensa@slnegociosecia.com.br

 

 

Outras notícias