Espaço Cultural TupãBaé está localizado junto à Praça 20 de Setembro e é identificado pela Cruz Missioneira
No próximo dia 07 de fevereiro (quarta-feira), a Associação Sete Povos fará uma celebração especial para marcar um ano de fundação do Espaço Cultural Tupãbaé, que visa ser referência na divulgação da cultura Missioneira e da Paz. A partir das 19h30, a Praça 20 de Setembro sediará uma intensa programação voltada para a comunidade, com luz, som e emoção.
A Associação foi criada após a edificação da Cruz Missioneira na Praça 20 de Setembro (a popular Praça da Biblioteca). No local, são realizados mateadas, shows de músicas crioulas e regionais gaúchas e recitais de poesia. “Desejamos oferecer um ambiente ao ar livre aberto para manifestações culturais de todos os povos, onde recepcionamos alunos das redes escolar pública e privada, comunidade local e turistas e ainda cavalarianos em atividades dos seus centros de tradições”, destaca o presidente da Associação, Luís Edson Martins Rosado, convidado para todos trazer suas cadeiras e kit de chimarrão para aproveitar a programação.
Sobre o Espaço Cultural Tupãbaê – Inaugurado no dia 07 de fevereiro de 2023, na Praça Sete de Setembro, localizada no Centro de São Leopoldo e é identificado com o monumento Cruz Missioneira (cruz de quatro braços), que presta homenagem à importância da luta indígena na cultura gaúcha e aos descendentes das Missões que moram em São Leopoldo. A data foi escolhida para relembrar os 267 anos da morte do herói das revoluções Guaraníticas, Sepé Tiaraju.
O local visa ser referência da cultura Missioneira, para estudos, resgate da história, integração cultura e artística, com rodas de mate-amargo, poesias, música, dança e oficinas com temáticas.
Tupãbaé é uma palavra do Guarani que define o conjunto de terras, ferramentas e gado explorados coletivamente nas missões jesuíticas do Rio Grande Do Sul Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai formando os 30 Povos Missioneiros na América Latina. Tupãbaé significa literalmente “Coisas de Deus”.
A gestão do Espaço é feita por um grupo de dirigentes, composto pelo presidente: Luís Edson Martins Rosado; vice-presidente Mauro Martins Rosado; e o secretário: Gilmar Goulart Pinto. Tesoureiro: João Martins Dallarosa
Nota da editora:
As Missões eram parte de um território situado no Rio Grande do Sul, a leste do rio Uruguai, foi constituído por sete povoações indígenas (São Nicolau, São Luís, São Lorenzo, São Borja, Santo Ângelo, São João Batista e São Miguel) controladas por jesuítas espanhóis.
Localizada em região de permanentes disputas entre Portugal e Espanha, com a assinatura do Tratado de Madri (1750) passou ao domínio português. Como consequência desse tratado, ocorreu a chamada Guerra Guaranítica (1754-56).
Contando com o apoio dos jesuítas, os guaranis missioneiros começaram a impedir os trabalhos de demarcação da fronteira e anunciaram a decisão de não sair de Sete Povos, justificando-se a resistência ao tratado em nome do direito legítimo dos índios de permanecer nas suas terras.
Tropas espanholas e portuguesas foram enviadas ao local, encarregadas de cumprir o Tratado de Madri e a guerra explodiu em 1754. O saldo do violento conflito foi o massacre de milhares de índios pelas tropas ibéricas e a anulação do tratado.
O processo de definição de fronteiras entre Portugal e Espanha nessa região levaria, ainda, à assinatura dos tratados de Santo Ildefonso (1777) e Badajós (1801). Sob o aspecto político, o conflito pode ser visto como mais um fator favorável ao crescimento do sentimento anti-jesuítico em Portugal, visto que a resistência inaciana ameaçava os interesses do reino na América, o que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro pelo marquês de Pombal em 1759.
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