O indicador do nível de atividade econômica de São Leopoldo no período de agosto a novembro deste ano foi de apenas 0,3%, enquanto no trimestre anterior o percentual havia sido de 2,4%. Este e demais dados estão no Boletim Socioeconômico Trimestral da ACIST-SL, que foi apresentado nesta quarta-feira (12) para associados e formadores de opinião. Segundo Fernando Ribas, vice-presidente de Indústria e coordenador do projeto, a redução da taxa tem dentre as principais causas a queda nas exportações do período. O indicador é formado pela arrecadação municipal (impostos sobre a produção e a circulação); geração de emprego formal (estoque do emprego formal e a diferença entre as taxas de variação do salário médio dos admitidos e dos desligados), efeito Brasil e exportações municipais.
O boletim apontou que o estoque do emprego estimado no município em Setembro deste ano foi de 59.708 pessoas formalmente registradas. A geração de empregos formais (saldo de admitidos menos desligados) no município 1.350 novas vagas no período acumulado até setembro de 2017.
São Leopoldo manteve a geração de empregos formais em 2018, com o saldo de 1.653 postos de trabalho no período acumulado de 2018. Em todo período observado, apenas no 4º trimestre de 2017 o número de desligados superou o número de admitidos. O desempenho positivo na geração de empregos contrastou com o cenário observado em Novo Hamburgo e Canoas, que obtiveram saldo negativo de 734 e 848, respectivamente.
Entre os municípios que apresentam características similares às de São Leopoldo, em termos de localização geográfica e densidade demográfica, a economia leopoldense se destaca por ter
apresentado a maior geração de empregos no saldo do 3º trimestre de 2018 (julho a setembro).
Entre os subsetores que mais geraram empregos formais em São Leopoldo, destacou-se o de Serviços, que com exceção do 4º trimestre de 2017, apresentou elevado número de novos empregos formais. No 3º trimestre de 2018, o saldo foi de 762 novos postos de trabalho.
Por outro lado, dentre os subsetores com os piores saldos trimestrais de São Leopoldo estão
os industriais, como a calçadista e a de papel e gráfica. “As dificuldades enfrentadas pelas indústrias leopoldenses na geração de empregos formais reflete a conjuntura regional, e de modo mais abrangente, a crise brasileira”, destaca Ribas. O subsetor que apresentou o pior saldo, no entanto, foi o de comércio varejista, que perdeu 120 postos de trabalho no 3º trimestre de 2018.
A Saúde como preocupação
Em todas as edições do Boletim, haverá destaque para um bloco temático relacionado à qualidade de vida do leopoldense. Nesta edição, a área de corte foi a Saúde. Uma das áreas mai sensíveis da administração municipal, a Saúde, conforme o levantamento da ACIST-SL, contabiliza dados preocupantes.
O Índice de São Leopoldo no Bloco Saúde é de 0,776, menor que a média do estado do Rio Grande do Sul, que é de 0,817. O município, de acordo com dados de 2015, é o 462º no
ranking estadual do Bloco Saúde do IDESE.
Dentre os municípios destacados (Novo Hamburgo, Canoas e Gravataí), São Leopoldo é o único que não alcançou a meta de mortalidade infantil em nenhum dos anos observados (2014 a 2017). Contudo, ressalta-se que o município tem melhorado seu desempenho, reduzindo continuamente a taxa de mortalidade infantil. Em 2017, entre os municípios selecionados, apenas Canoas atingiu a meta estabelecida pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Novo Hamburgo alcançou a meta nos anos de 2014 e 2016, enquanto Gravataí, o único a atingir a meta em três dos quatro anos analisados, apenas não alcançou a meta em 2017.
Os dados completos podem ser acessados AQUI