As empresas de São Leopoldo exportaram mais do que importaram no ano passado. Conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo da balança comercial foi de US$ 127,9 milhões. Em 2017, a cidade exportou US$ 453,2 milhões e importou US$ 325,2 milhões, uma diferença de 39,3%.
Exportações aumentaram 13,34% – Ainda conforme o MDIC, no ano passado, as indústrias de São Leopoldo foram responsáveis pelo faturamento de US$ 453,2 milhões com o embarque de produtos para o mercado internacional, resultando em 13,48% a mais em comparação com 2016, quando o valor havia sido de US$ 399,3 milhões.
O principal país de destino foi os Estados Unidos. Ao comprar o equivalente a US$ 203,9 milhões, ficaram com uma participação de 45% sobre o total exportado. Eles também aumentaram as compras em 19,87% sobre 2016. O segundo maior comprador internacional de São Leopoldo foi a Alemanha, ao importar US$ 41,8 milhões, sendo responsável por 9,24% de participação sobre o total. Já o percentual de crescimento foi de 48%. Em 2016, aquele país importou US$ 28,1 milhões. A China ficou em terceiro lugar no ranking dos principais compradores, ao pagar US$ 33,9 milhões para as compras efetuadas em 2017. Porém, importou menos e terminou o ano com um desempenho negativo de 1,27%. Argentina e México ficaram, respectivamente, com o quarto e quinto lugar dos maiores compradores de São Leopoldo.
Dentre os principais produtos exportados estão armas e seus semelhantes, motores, ferramentas pneumáticas e couro, tanto acabado como in natura e de alimentação animal.
As importações, que somaram US$ 325,2 milhões, foram impulsionadas por circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos, ferramentas pneumáticas, hidráulicas e motores de uso manual.
Na avaliação do vice-presidente de Indústria da ACIST-SL, Fernando Ribas Beck, o desempenho positivo foi decorrência da diversificação das atividades fabris de São Leopoldo. “O setor metalúrgico tem muito destaque, mas há outros segmentos que vêm se projetando, como o de couros e alimentação animal”, observa. Ele também ressalta a quantidade de países que hoje fazem parte do mapa comercial de São Leopoldo, que conta com a presença de mais de 30 países. A expectativa para 2018, segundo Beck, é de manutenção do saldo positivo nas exportações, “embora seja um ano com incertezas no cenário político-econômico brasileiro e os impactos ainda desconhecidos de ações do presidente Donald Trump na proteção do mercado americano”.
Redação: Elizabeth Renz | coordenadora de conteúdo São Leopoldo Negócios & Companhia